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RARIDADE: Gêmeas siamesas desafiam as probabilidades e são separadas após quatro cirurgias… Ver mais…

Allana e Mariah, de dois anos e dez meses.

Allana e Mariah nasceram unidas pelo crânio, um tipo raro de gêmeas siamesas. Entretanto, As meninas passaram por quatro cirurgias ao longo de dois anos. Cada cirurgia foi um desafio, mas as meninas se recuperaram bem.

“Para mim foi um choque. Assim, quando eu vi, porque eu não imaginava o grau da união delas, eu sabia que elas eram unidas mas eu não imaginava o quanto […] Allana e a Mariah ensinam a gente muito. A gente foi se adaptando junto com elas”, conta a mãe.

Quando elas são unidas pela cabeça, elas são chamadas de craniópagas. É o caso das filhas da Talita Cestari e do Vinícius. Ela, professora, 27 anos. Ele, frentista, 26. Sabiam que na pequena Piquerobe, cidade do interior de São Paulo com menos de 4 mil habitantes, não haveria atendimento especializado para as meninas.

Com a ajuda de vaquinhas feitas pelos moradores da cidade, eles se mudaram, temporariamente, para Ribeirão Preto, a quase 500 quilômetros de distância; e buscaram o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, que era referência nesse tipo de tratamento. Os médicos do HC foram dando suporte.

“É a raridade da raridade. Ao longo da minha carreira, eu nunca tinha tido um outro caso como esse”, conta o médico Hélio Machado.

Cirurgias das gêmeas siamesas, Allana e Mariah

Allana e Mariáh nasceram unidas pela cabeça, um tipo raro de gêmeos siameses chamado de craniópagas. Os médicos disseram aos pais das meninas, Talita Cestari e Vinícius, que a cirurgia de separação seria arriscada, mas eles decidiram tentar.

Com a ajuda de vaquinhas feitas pelos moradores da pequena Piquerobi, cidade do interior de São Paulo com menos de 4 mil habitantes, Talita e Vinícius se mudaram temporariamente para Ribeirão Preto, a quase 500 quilômetros de distância, para buscar o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, que era referência nesse tipo de tratamento.

Os médicos do HC deram suporte aos pais das meninas durante todo o processo.

A equipe médica realizou a primeira cirurgia em agosto de 2022, quando as meninas tinham apenas 1 ano e 9 meses.

Os médicos realizaram a segunda cirurgia em março de 2023, quando as meninas tinham 2 anos e 3 meses. Após a segunda cirurgia, os médicos realizaram a terceira em julho de 2023, quando as meninas tinham 2 anos e 7 meses.

Quatro meses após a terceira cirurgia, as meninas foram submetidas à quarta e última cirurgia em agosto de 2023, quando tinham 2 anos e 9 meses. Entretanto,  A cirurgia durou 27 horas ininterruptas e foi um sucesso. Entretanto, Allana e Mariáh foram separadas por completo.

“Você separa as veias progressivamente, porque você dá tempo para o cérebro se acostumar, recuperar”, explica o médico.

A técnica inédita que salvou a vida das gemeas siamesas Allana e Mariah

O processo de reconstrução dos crânios das gêmeas Allana e Mariah contou com uma técnica inédita. Dessa forma, Na penúltima cirurgia, os médicos retiraram células-tronco da bacia das meninas.

Essas células passaram por um processo super rigoroso de seleção no hemocentro de Ribeirão Preto. Os médicos trouxeram as células-tronco para tanques de nitrogênio líquido, onde ficaram a uma temperatura de −196 graus durante 4 meses. Portanto, as células-tronco foram usadas pelos médicos para reparar os danos causados pela cirurgia na última cirurgia de separação das gêmeas.

“O biomaterial é colocado entre os ossos, como se fosse um rejunte de um piso. Melhora a circulação, diminui a inflamação. Porque ela tem um efeito anti-inflamatório potente. Nós estamos sendo pioneiros nessa nesse de técnica”, destaca o cirurgião plástico.

A alta das gêmeas

“Ao final de 3 semanas, foi surpreendente para nós, porque elas começaram a se comunicar, a falar”, destaca a pediatra.

Os médicos trouxeram as células-tronco para tanques de nitrogênio líquido, onde ficaram a uma temperatura de −196 graus durante 4 meses. Só saíram para serem usadas na última cirurgia de separação das gêmeas.

Talita e Vinícius, os pais das meninas, deixaram o hospital com as duas filhas nos braços na véspera do Dia das Crianças. Eles estavam emocionados e aliviados por poder levar as filhas para casa.

Embaixo dos curativos, que ainda vão ficar por um tempo na cabecinha delas, já tem cabelo crescendo.  Mariáh está com a evolução um pouco mais atrasada que a da Allana, mas as duas estão se recuperando bem.

As gêmeas ainda têm um longo tratamento a seguir, mas elas estão prontas para enfrentar os desafios. Contudo, Elas são um exemplo de esperança e resiliência para todos nós.

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