Feito com carinho
MODELO famosa é DETIDA e levada para a DELEGACIA em camburão por caminhar com SEIOS à mostra… Entenda o CASO…
Ela responde por ato obsceno.
Sete meses atrás, guardas municipais abordaram e algemaram a modelo e empresária Caroline Werner, de 37 anos, acusando-a de ato obsceno por fazer topless. Eles a levaram para a delegacia em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina.
Desde então, Caroline tem questionado a interpretação da lei que resultou em sua detenção. Ela argumenta que a legislação precisa ser revista e esclarecida para evitar mal-entendidos semelhantes no futuro.
O incidente ocorreu em 13 de maio, na Avenida Atlântica. Um vídeo que circulou nas redes sociais mostrava os agentes da Guarda Municipal seguindo Caroline enquanto ela caminhava com os seios à mostra.
Esse episódio gerou muita controvérsia e discussões sobre a interpretação da lei. Caroline continua a questionar a validade da acusação de ato obsceno, na esperança de trazer clareza e justiça para situações semelhantes no futuro.
Caroline Werner destaca que, em muitos países, a prática de fazer topless é completamente normal e o corpo da mulher não é objetificado nem hipersexualizado.
No entanto, ela lamenta que, apesar da Constituição brasileira assegurar a igualdade de gênero, na prática, essa igualdade muitas vezes não se concretiza.
Ela expressa sua frustração ao dizer: “Infelizmente no meu país, não posso ter a mesma liberdade e me sinto coagida por esse sistema e pela interpretação repressiva da lei”. Caroline argumenta ativamente que a negação arbitrária e repressiva de algo que deveria ser natural para ambos os gêneros ocorre a um deles.
Detiveram a modelo naquele dia.
Detiveram a modelo naquele dia e, ao relembrar o incidente, ela descreveu a situação da seguinte maneira: “Eu estava passeando com os cachorros na praia, quando decidi fazer topless.
Ao atravessar a rua para deixar os cachorros, fui abordada pela Guarda Municipal de forma completamente arbitrária e desproporcional. Eles chegaram já colocando minhas mãos para trás e me algemando”.
Essa experiência, segundo Caroline, evidencia a interpretação repressiva da lei e a falta de liberdade que ela sentiu naquele momento.
Ela luta ativamente por uma mudança na interpretação e aplicação da lei, com a esperança de que ninguém mais tenha que passar por uma experiência semelhante.
Werner relatou que a levaram para a delegacia em um camburão. Quando chegou lá, algemaram-na na grade de uma cela escura.
Ela descreve a situação como angustiante, pois privaram-na de qualquer comunicação com familiares, amigos ou advogados.
Ela relata: “Fiquei mais de uma hora nessa situação, sem conseguir falar com ninguém e, mesmo tendo solicitado por diversas vezes, tive meu direito a falar com meu advogado negado”.
Todavia, Essa experiência destaca a gravidade da situação e a necessidade de uma revisão das práticas e interpretações legais. A luta de Caroline Werner por justiça e igualdade continua.
Um termo circunstanciado foi instaurado para investigar a suspeita de crime de ato obsceno, conforme previsto no artigo 233 do Código Penal
Esse item diz que é crime “praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público”. Porém, não são citadas quais situações seriam classificadas como tal. A pena prevista é de três meses a um ano de detenção ou multa.
Entendo a situação. Atualmente, o procedimento está em fase preliminar no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Segundo o órgão, foi oferecida a Werner uma proposta de transação penal. No entanto, ela não compareceu à audiência.
A transação penal, para esclarecer, é um acordo entre o MPSC e o investigado. Nesse acordo, a pessoa se compromete a cumprir condições propostas pelo promotor em troca do arquivamento do processo.
Em relação a isso, o advogado de Werner, Henrique Quintanilha, apresentou uma justificativa. Werner não compareceu à audiência porque, segundo seu advogado, ela não recebeu intimação. Seu advogado também declarou que pedirá a anulação da sessão e sua repetição.
Por fim, é importante mencionar que a modelo morava em Balneário Camboriú, mas decidiu se mudar após o ocorrido. Espero que isso esclareça a situação.
Comentários estão fechados.