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Mulher é internada para cirurgia na clavícula e tem útero retirado. ‘Não perguntaram meu nome’… Ver mais

A vítima relata que ficou desesperada após um procedimento realizado em um hospital público em Breves, no Marajó. A polícia está investigando o caso e os profissionais envolvidos na cirurgia foram afastados.

O desespero após um toque em sua barriga

Depois de Rosangela acordar dos efeitos da anestesia, ela pediu ao irmão para verificar se a operação havia sido realizada, já que ela não havia percebido nada. O desespero surgiu imediatamente depois que ela tocou a barriga e sentiu dores e as marcas de pontos cirúrgicos.

Rosangela declarou que comunicou a dois técnicos de enfermagem que a cirurgia realizada estava errada. A resposta deles foi: “O importante é que a cirurgia foi realizada na senhora”, ela relatou.

Enquanto isso, o irmão de Rosangela, que a aguardava, exigiu uma explicação do hospital sem demora. Logo após essa interação, removeram os outros pacientes que compartilhavam o quarto com Rosangela da sala. Ali a equipe médica explicou o motivo de terem retirado o útero da paciente.

A partir desse momento, um dos familiares registrou a conversa entre Rosangela, seu irmão e a equipe médica.

Segundo a equipe médiva houve um “equívoco” na retirada do útero de Rosangela

Conforme a gravação fornecida pela família de Rosângela, a médica Lígia Sant’ana Bonisson apareceu no local, se apresentou pelo primeiro nome e admitiu que houve um “equívoco”, um erro na identificação dos pacientes. De acordo com Lígia, uma enfermeira confundiu Rosangela com Maria e a levou para sua sala, com o prontuário errado.

“Ontem estava movimentado o bloco e tinha feito uma cirurgia em uma senhora de 80 anos que estava aguardando uma outra cirurgia, que era retirada de útero. E ontem, olha o que aconteceu, houve uma troca de identificação”, disse a médica na gravação.

Com relação à Maria, ainda segundo a gravação, ela teve a cirurgia cancelada. Rosangela, que ainda estava com a clavícula fraturada, começa a chorar após saber o que aconteceu.

“O que eu quero que vocês entendam é que não vai haver prejuízo […] no sentido que você vai evitar um câncer de colo de útero, você não vai ter hemorragia, não vai entrar na menopausa. A única coisa que vai acontecer é não menstruar”, disse Lígia Bonisson .

No dia 25 de janeiro, a equipe médica encaminhou Rosangela novamente para a sala de cirurgia para realizar a operação correta na clavícula. Contudo, em contraste com a experiência anterior, o hospital permitiu que um membro da família acompanhasse o procedimento. Finalmente, no dia 27, ela foi liberada e recebeu alta.

O hospital forneceu um veículo do próprio hospital para levá-la para a casa da mãe, onde ela vive com três dos quatro filhos que têm. A mãe de Rosangela, uma senhora idosa, também sofre pelo que aconteceu com a filha.

Segundo Rosangela, o Hospital Regional Público do Marajó não ofereceu, até esta sexta-feira (2), nenhum suporte emocional ou de saúde pós-operatório. A unidade apenas receitou alguns medicamentos ainda no dia 27 de janeiro.

A Organização Social de Saúde (OSS) Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) administra o Hospital Regional Público do Marajó, uma unidade do Estado do Pará.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), o órgão “está fornecendo suporte à paciente, com atendimento de uma equipe multiprofissional e acompanhamento ambulatorial”. No entanto, a família de Rosangela discorda e afirma que não lhe deram nenhum apoio pós-operatório desde que a liberaram do hospital.

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