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O que se sabe sobre o caso da mulher que denunciou 12 homens por estupr0 e ficou grávid4 em festa. Ver mais
Vítima alega ter interrompido a gravidez após o quarto mês. Polícia Civil investiga o caso e PM instaurou sindicância para apurar a participação de agentes no crime.
Como foi a gravidez e a interrupção
A mulher, que não menstrua regularmente, revelou ter descoberto a gravidez apenas em dezembro do ano passado. Ela assegurou que não manteve relações com outras pessoas durante esse período.
Logo após a descoberta da gravidez, ela decidiu interrompê-la. Em busca de orientação, ela dirigiu-se a uma unidade de saúde em Guarujá, onde aconselharam-na a realizar o procedimento na capital paulista.
Posteriormente, a vítima contatou um hospital em São Paulo, cujo nome não divulgaram. No entanto, informaram a ela que só poderiam realizar o procedimento legalmente após o registro de um boletim de ocorrência sobre estupro. Assim, ela registrou o boletim em uma unidade da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em São Paulo.
Segundo o advogado dela, Allan Kardec Campo Iglesias, o primeiro boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil aconteceu de forma “breve” e sem prestar detalhes sobre os homens que teriam cometido o crime.
Apenas para interromper a gravidez, o documento foi realizado em dezembro. Ele afirmou que a cliente sentia medo de uma represália.
De acordo com o relato da mulher, os suspeitos entraram em contato com ela após o crime. Este contato teria sido intermediado por outro PM, que conhecia todos os envolvidos, mas não estava implicado no crime. Este contato ocorreu logo após o registro inicial da ocorrência.
Denúncia de Estupro Coletivo por Policiais Militares Choca o Brasil
Os suspeitos, segundo a mulher, propuseram uma quantia entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para que ela se mantivesse em silêncio. O objetivo dos PMs envolvidos, conforme a mulher, era impedir que ela prosseguisse com a denúncia à Polícia Civil, revelando seus nomes.
No entanto, em janeiro de 2024, ela decidiu registrar um novo boletim de ocorrência, revelando os nomes dos suspeitos. Vale lembrar que registraram o primeiro boletim em dezembro, com o propósito único de interromper a gestação.
O policial militar que serviu como intermediário entre as partes teria, supostamente, enviado mensagens questionando sobre o BO. Posteriormente, ele ofereceu dinheiro para que não levassem a denúncia adiante. No entanto, a mulher não conseguiu explicar como ele recebeu a informação sobre o registro da ocorrência.
Segundo o advogado que representa a mulher, ela simulou a negociação com o objetivo de obter mais informações sobre os autores do crime. Isso se deu pelo fato de que ela estava sob efeito de drogas e não conseguia se lembrar dos detalhes. Ele também ressaltou que a vítima não recebeu qualquer pagamento dos PMs.
A Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP-SP) divulgou, por meio de uma nota, que a denúncia da mulher está sendo investigada pela Polícia Civil como um caso de “estupro de vulnerável”.
Conforme a SSP-SP, exames sexológicos e médicos foram solicitados para a vítima. Ela registrou o caso na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da capital paulista. A DDM de Guarujá, que atualmente está conduzindo as investigações, recebeu o caso posteriormente.
“Diante da gravidade da denúncia, a Polícia Militar informa que instaurou uma sindicância para apurar a participação de policiais militares no crime”, complementou a SSP.

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