Pais querem colocar filha com autismo para adoção: “Não a amamos”

Uma mulher, cuja identidade não foi revelada, compartilhou na internet um dilema enfrentado por sua família. Em um post no Reddit, ela revelou que ela e o marido estão considerando a possibilidade de colocar a filha de oito anos, que tem autismo, para adoção devido ao comportamento da menina.

Pais Consideram Adoção para Filha de Oito Anos com Autismo

O casal, que está unido há 7 anos, enfrenta uma situação complexa e desafiadora. Quando se uniram, a mulher já estava grávida, aguardando a chegada de um novo membro na família.

No entanto, após o nascimento da criança, os pais começaram a notar que ela era mais introvertida do que outras crianças da mesma idade.

Com o passar do tempo, essa introversão se tornou mais evidente e, após consultas com especialistas, descobriram que a filha tinha autismo severo e um transtorno de personalidade evitativa. Este último transtorno impede a criança de ter qualquer tipo de contato, tornando difícil para ela se relacionar com outras pessoas.

Além disso, a criança também sofre de ansiedade de separação intensa. Isso significa que ela pode ficar extremamente angustiada quando está longe de seus pais ou de seu ambiente familiar.

Em alguns casos, essa ansiedade pode ser tão intensa que ela pode ferir seus colegas sem razão aparente.

A mãe desabafou, dizendo que, em geral, é muito difícil conviver com a filha devido a esses problemas. Ela mencionou que a criança tem dificuldade em entender e respeitar os limites, o que pode levar a comportamentos desafiadores.

Devido a esses fatores, o casamento do casal está em ruínas

Segundo a mãe, a filha não gosta que eles tenham momentos a sós como casal. Isso torna difícil para eles manterem a intimidade e a conexão que uma vez compartilharam.

Essa situação é extremamente desafiadora para o casal. Eles estão tentando equilibrar suas responsabilidades como pais de uma criança com necessidades especiais, enquanto também tentam manter seu relacionamento como casal.

No entanto, apesar desses desafios, eles continuam se esforçando para fornecer o melhor ambiente possível para sua filha.

“Não conseguimos sequer participar de um jantar de aniversário sem que ela entre em pânico e comece a espumar pela boca. Parece que ela age assim intencionalmente. Procuramos diversos psicólogos e psiquiatras, mas nenhuma forma de intervenção médica surtiu efeito”.

A mulher também declarou que, embora o casal tenha condições financeiras para criá-la, eles se arrependem de tê-la como filha.

“No início, eu era paciente porque esperava que, assim que ela completasse 18 anos, não precisaríamos mais cuidar dela. Isso pode me fazer parecer um monstro, mas tudo o que faço por ela é por pura obrigação de ser mãe, não porque a amo”.

“Ela não é ninguém para mim”

Ao final do relato, a mulher revelou que tem buscado instituições de adoção na tentativa de retomar sua vida. “Choro todas as noites no banheiro. Meu marido está ciente da minha depressão. Parece impossível cuidar dela, educá-la e amá-la. Sinto-me uma mãe falha, pois a vejo como a pessoa mais dura que já conheci”.

Ela concluiu: “Não estou tentando torná-la um problema para ninguém, apenas espero que ninguém tenha que lidar com ela como um problema. Sei que muitos podem me criticar por isso, mas a verdade é que não desejo ter nenhum vínculo com minha filha. Não estou ‘lutando’ por essa pequena, porque sinceramente não quero. Ela não significa nada para mim”.

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