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URGENTE: Morre Zagallo, uma das lendas do futebol brasileiro. “O Brasil está de LUTO… Ver mais…
Zagallo estava aposentado desde 2006, após a Copa do Mundo da Alemanha, e conviveu com inúmeros problemas de saúde
O ex-jogador Mário Jorge Lobo Zagallo, conhecido apenas como Zagallo, morreu. Uma nota foi publicada nas redes sociais do jogador no início da madrugada deste sábado (6).
É com enorme pesar que informamos o falecimento de nosso eterno tetracampeão mundial Mario Jorge Lobo Zagallo.
Veja a seguir a nota de pesar publicada nas redes sociais do ex-jogador:
“É com enorme pesar que informamos o falecimento de nosso eterno tetracampeão mundial Mario Jorge Lobo Zagallo.
Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas.
Agradecemos a Deus pelo tempo que pudemos conviver com você e pedimos ao Pai que encontremos conforto nas boas lembranças e no grande exemplo que você nos deixa. 🖤”
A informação foi divulgada no perfil de Zagallo no Instagram.
A causa da morte, no entanto, ainda não foi divulgada. Zagallo estava aposentado desde 2006, após a Copa do Mundo da Alemanha, e conviveu com inúmeros problemas de saúde. A última internação havia sido em julho do ano passado por causa de uma infecção respiratória.
Mario Jorge Lobo Zagallo é tetracampeão mundial. Como atacante, esteve na Seleção que conquistou as Copas de 1958 e 1962. Em 1970, como técnico, comandou o tricampeonato da seleção brasileira. Na conquista do tetra era auxiliar técnico de Carlos Alberto Parreira.
Ele ficou internado por quase duas semanas, mas recebeu alta às vésperas do seu aniversário de 90 anos. Viúvo desde 2012 de Alcina de Castro, Zagallo deixa quatro filhos: Maria Emilia de Castro Zagallo, Paulo Jorge de Castro Zagallo, Mário César Zagallo, Maria Cristina de Castro Zagallo.
Marcando presença no Maracanazzo
Todavia, quando ainda era um garoto, o alagoano que cresceu na Tijuca e jogava nas categorias de base do América, teve a oportunidade de jogar no local que se tornaria o palco da Copa de 1950, o maior estádio do mundo na época.
Com o Maracanã já construído, ele presenciou da arquibancada, enquanto atuava na segurança como militar da Polícia do Exército, a dolorosa vitória do Uruguai sobre o Brasil na final. Ele era uma das 200 mil pessoas que testemunharam o Maracanazzo.
Não demorou muito para o estádio fazer parte constante da sua vida. Assim como a seleção brasileira. A “Formiguinha”, como era conhecido, teve participação ativa no meio-campo de Flamengo e Botafogo e da seleção bicampeã do mundo em 1958 e 1962. Já o “Velho Lobo”, comandou títulos inesquecíveis tanto dos clubes quanto do Brasil.
Ele marcou presença no tricampeonato carioca dos anos 1950, apesar de sua passagem pelo Flamengo, como jogador, não ter sido tão emblemática. A lembrança do rubro-negro, contudo, permanece viva na final do Carioca de 2001.
Enquanto Petkovic marcava o gol de falta que garantia mais um tricampeonato estadual, Zagallo se encontrava à margem do campo, agarrado à imagem de Santo Antônio, santo de sua devoção e origem de sua superstição com o número 13: o dia do santo é 13 de junho.
Já no Alvinegro, fez parte do momento mais glorioso do clube, ao lado de Didi, Garrincha e Nilton Santos. Bicampeão carioca dentro de campo, em 1961 e 1962, e comandante do primeiro título brasileiro do Botafogo, na então chamada Taça Brasil, em 1968. Zagallo também teve passagens por Fluminense e Vasco.
Mas seu nome correu o mundo com a “Amarelinha”. Oito anos depois de testemunhar a derrota do Brasil no Maracanã, lá estava ele na Suécia ao lado de Pelé, e dos companheiros Garrincha, Didi e Nilton Santos, comandados por Vicente Feola. Repetiu o feito no Chile.
Zagallo: Único tetracampeão do mundo
Contudo, Zagallo se retirou dos gramados e continuou fazendo história à beira do campo. Comandou a seleção em 1970, no tricampeonato mundial, e, 24 anos depois, como coordenador técnico auxiliou Carlos Alberto Parreira na campanha do tetra. Ali, se tornou o único tetracampeão do mundo: dois títulos como jogador (1958 e 1962) e dois títulos na comissão técnica.
Portanto, dois anos após o tetra, Zagallo comandou a seleção nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. Recheada de craques, como Ronaldo Fenômeno, Bebeto, Roberto Carlos, Rivaldo e Dida, a equipe viu o sonho do ouro olímpico ruir nas semifinais diante da Nigéria.
Em suma, Zagallo encerrou a carreira com os seguintes números pela seleção brasileira: 135 jogos (99 vitórias, 26 empates e 10 derrotas), como técnico. Ele conduziu a seleção olímpica em 19 partidas, resultando em 14 vitórias, três empates e duas derrotas. Como coordenador técnico, Zagallo foram em 72 jogos (39 vitórias, 25 empates e oito derrotas).
‘Vão ter que me engolir!’
Em 1997, ao vencer a Copa América, Zagallo disparou uma de suas frases célebres, em ataque aos críticos da seleção: “Vocês vão ter que me engolir”.
As brincadeiras com o número 13 eram rotineiras. Quando tinha a oportunidade de citar uma frase com 13 letras, não perdia a chance.
“Brasil campeão tem 13 letras, e Argentina vice também”, bradou ao vencer nos pênaltis os rivais na final da Copa América de 2004.
Também usou a contagem para incentivar a população a tomar vacina contra a Covid em 2021: “Dose de reforço tem 13 letras”.
“O 13 veio aliado à minha esposa, quer era devota de Santo Antônio [celebrado em 13 de junho], sinônimo de fé”, dizia.
Treze também foi o dia em que se casou com a mulher, Alcina, que também fazia aniversário no dia 13. Também é “31” ao contrário – ano de nascimento de Zagallo.
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