Delegado Acusado de Assédio Sexual por Policial Civil: ‘Ele Começou a Abrir o Zíper ao Meu Lado… Ver mais…

Os abusos ocorreram na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas entre 2021 e 2022.

By Kédina Liberato On 4 dez, 2023

A policial civil, Giovanna Cavalcanti Nazareno, tomou a iniciativa de usar as redes sociais para denunciar o delegado Cassiano Ribeiro Oyama, seu superior na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas, por assédio moral e sexual.

Em resposta às acusações, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) declarou que a Corregedoria-Geral da Polícia Civil está investigando as denúncias, mantendo o procedimento em sigilo.

Por outro lado, o delegado Cassiano Ribeiro Oyama nega veementemente as acusações, descrevendo-as como uma “falácia fantasiosa” e uma “narrativa” inventada após a servidora não conseguir uma transferência.

Em um vídeo publicado em sua rede social, a Policial civil compartilhou uma sequência de situações abusivas

Giovanna relata que trabalhou na 2ª DP entre 2021 e 2022. A servidora publicou um vídeo em sua rede social, onde compartilhou uma sequência de situações abusivas que já tinha denunciado à corregedoria. Os assédios começaram de forma sutil e se disfarçavam como brincadeiras.

No entanto, com o passar do tempo, essas “brincadeiras” se tornaram cada vez mais frequentes e intensas, tornando o ambiente de trabalho insustentável para Giovanna. Ela sentiu que era hora de tomar uma atitude e decidiu expor a situação em suas redes sociais, na esperança de que sua história possa ajudar a prevenir futuros casos de assédio no local de trabalho.

Giovanna começou a notar que os comentários sobre sua aparência e seu modo de vestir se tornavam cada vez mais frequentes. Inicialmente, eram apenas brincadeiras aparentemente inofensivas: perguntas sobre por que ela não usava saia ou vestido, comentários sobre ela parecer “um machão”.

No entanto, à medida que esses comentários continuavam, eles começaram a se tornar uma constante em sua rotina de trabalho. A princípio, Giovanna tentou ignorar, considerando-os como brincadeiras bobas.

Mas, com o tempo, essas “brincadeiras” começaram a afetar seu bem-estar e sua autoestima. Ela percebeu que esses comentários não eram mais brincadeiras, mas sim uma forma de assédio. E foi assim que ela decidiu falar sobre isso.

De acordo com a denúncia, o delegado convidava Policial civil para encontros românticos. Quando ela recusava essas investidas, ele começava a assediá-la moralmente, atribuindo a ela tarefas que não faziam parte de suas funções. A situação se tornou cada vez mais difícil para Giovanna, que se viu em um ambiente de trabalho hostil e desconfortável.

Ao mesmo tempo em que os assédios sexuais foram se intensificando, ele “mandava fazer café. Quando eu ia fazer café ele ia lá e ficava se esfregando na gente pelas costas. Imagina você com o bule na mão a garrafa quente e a pessoa se esfregando atrás de você”, contou.

Giovanna pensava em denunciar mas tinha medo de ninguém acreditar

Apesar de pensar em denunciar, ela tinha medo de ninguém acreditar. “Um dia ele chegou à minha sala […] Eu fico de costas pra porta e ele entrou. Logo depois, foi abrindo zíper aqui do meu lado”, relatou.

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Durante o período dos abusos ela pediu remoção para outras unidades da Polícia Civil, mas teve os pedidos negados. Além disso, conta que fez denúncia à corregedoria, em setembro deste ano, antes de ter a remoção negada mais uma vez, mas não teve resposta.

“Não vou mais ficar calada. Nem andar de cabeça erguida. Não vou mais me subjugar a nenhum tipo de delegado como esse.”

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Em 2023, Giovanna ficou afastada por licença médica e o retorno ao trabalho está previsto para esta semana.No entanto, ela segue designada para a 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas.

“Eu estou aqui para pedir ajuda porque não quero mais ser desrespeitada. Eu quero, a partir de hoje, me libertar dessa dor e seguir em frente de cabeça erguida”, disse.

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