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Entendendo o Caso de Pedro Lucas: Padrasto Preso e Desaparecimento de Criança. “Ele foi morto de forma violenta… Ver mais

O menino de 9 anos desapareceu há pouco mais de dois meses. A Polícia Civil de Goiás acredita que o padrasto o matou.

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) sustenta a teoria de que o menino Pedro Lucas Santos, de 9 anos, infelizmente, não está mais vivo. O garoto, que desapareceu há pouco mais de dois meses, desde o dia 1º de novembro de 2023, não foi mais visto após um evento aparentemente comum: levar o irmão mais novo para a escola.

Este incidente ocorreu em Rio Verde, localizado no sudoeste goiano. A partir daí, Pedro Lucas entrou para a triste estatística de crianças desaparecidas.

Em um comunicado divulgado na última terça-feira (9/1), a polícia declarou que o padrasto, o pedreiro José Domingos Silva dos Santos, de 22 anos, assassinou a criança de forma violenta.

Posteriormente, ao compartilhar detalhes do caso com a imprensa por meio de um documento, a PCGO destacou as evidências que apontam para o crime.

Segundo a PCGO, as evidências do crime são as seguintes:

inicialmente, houve uma demora para comunicar o desaparecimento da vítima. Além disso, a mentira na comunicação dos fatos também é um indicativo. Posteriormente, observou-se uma mudança na rotina da família. Em seguida, foram identificadas inconsistências e contradições nos depoimentos.

Paralelamente, mensagens trocadas entre o suspeito e a sogra foram descobertas. Finalmente, o mau relacionamento entre o padrasto e a criança é outra evidência.

Pedro Lucas desapareceu no dia 1º de novembro de 2023. No entanto, a situação só foi reportada à polícia quatro dias depois. Segundo a mãe e o padrasto, no dia do desaparecimento, o menino almoçou e mencionou que iria para a casa da avó materna. Posteriormente, quando o casal foi buscá-lo no local, no mesmo dia, encontraram a residência fechada e vazia.

O casal relatou que acreditava que Pedro Lucas havia ido para a roça com a avó. A avó, por sua vez, só retornou no dia 5, momento em que descobriram que a criança não estava com ela. Contudo, a polícia considera essa história como fantasiosa.

As diligências em busca do menino Pedro Lucas foram iniciadas imediatamente após o desaparecimento ser informado.

Segundo a PCGO, as diligências em busca do menino foram iniciadas imediatamente após o desaparecimento ser informado. No dia 5 de novembro, uma equipe da Central de Flagrantes visitou todos os locais que o menino costumava frequentar e realizou entrevistas.

Posteriormente, as informações obtidas foram encaminhadas para o Grupo de Investigação de Homicídios de Rio Verde.

As informações iniciais sugeriam que o padrasto estava ciente do desaparecimento desde o início, mas só teria procurado a polícia após a intervenção do Conselho Tutelar.

Devido à demora na comunicação do desaparecimento, a corporação encontrou dificuldades para localizar imagens que mostrassem o garoto.

A PCGO delineou uma sequência de eventos relacionados ao padrasto de Pedro Lucas no dia 1º de novembro. Segundo a corporação, inicialmente, ele levou a filha mais nova à creche e seguiu para o trabalho. Posteriormente, voltou para casa para almoçar e retornou ao trabalho.

No entanto, naquele dia, ele saiu do serviço mais cedo e teve mais de uma hora livre. Finalmente, por volta das 17h30, ele buscou o outro filho, Davi, na escola.

O que chamou a atenção da polícia foi a mudança na rotina do homem. Segundo a diretora da escola, ela nunca havia visto José Domingos, pois ele nunca tinha ido ao local. A mulher afirmou ainda que o fato gerou estranheza, já que Pedro Lucas sempre buscava o irmão, e eles iam sozinhos para casa.

Inconsistências nos depoimentos dos familiares de Pedro Lucas

O documento revela inconsistências nos depoimentos dos familiares do menino. Inicialmente, a mãe do garoto, Elisangela Santos, relatou que ele não retornou para casa naquele dia. Além disso, ela afirmou que teve receio de denunciar a situação à polícia, por medo de perder os outros dois filhos para o Conselho Tutelar.

Quando questionada sobre os possíveis motivos para o desaparecimento do filho, ela disse que não tinha conhecimento. Finalmente, ela mencionou que não sabia como foi o dia do companheiro.

Já o padrasto justificou a saída do trabalho em horário alterado.

O delegado Adelson Candeo, que está à frente da investigação, revelou que as provas obtidas durante a apuração do caso incluem uma troca de mensagens entre José Domingos e sua sogra. Essa correspondência, por sua vez, aponta José Domingos como o principal suspeito do crime. As mensagens, nesse contexto, servem como um disfarce.

O investigador ressaltou que foram trocadas apenas três mensagens, nos dias 1º e 2 de novembro. De acordo com ele, a escassez de conversa é um indicativo de problema, pois não é comum que o menino desapareça e ninguém comente a respeito.

Mensagens como disfarce

No documento que a corporação tornou público, o caso em investigação é detalhado. Foi destacado que a primeira mensagem foi enviada à avó no dia 1º de novembro, às 16h47, na qual José Domingos questiona se o menino está na casa dela. O delegado observou que essa é uma preocupação inédita do padrasto sobre a localização do menino, que geralmente está na rua ou foi buscar o irmão.

Em seguida, às 16h48, o padrasto fala para a avó que Pedro precisa ir “ligeiro” para casa, pois a mãe do menino teria deixado tarefas para ele fazer. No entanto, em depoimento à polícia, a mãe do garoto afirmou que não deixou nenhuma atividade doméstica para o filho.

“A mãe dele deixou um negócio aqui para ele fazer, ele sumiu e não fez. A mãe dele vai bater nele na hora que ela chegar”, disse o padrasto à sogra.

Após essas mensagens, o padrasto falou novamente com a avó do menino no dia seguinte, 2 de novembro, às 6h20. No novo contato, José Domingos perguntou se a criança teria aparecido na casa dela. “O Pedro some, aí a sua filha fica com raiva de mim. Ó, rapaz, eu tenho culpa que o Pedro faz essas coisas não”, disse ele.

Por fim, o padrasto mandou outra mensagem para a sogra às 16h58. “O Pedro não tem mais jeito, não. A gente fala para ele, só que a gente tem que bater mesmo, né!? O filho não é meu, nem ando batendo, mas vejo a mãe dele brigando com ele aqui no 12. Pedro não tem mais jeito, não”, disse.

Perícia Revela Presença de Sangue Humano na Residência

Conforme divulgado pela PCGO, Pedro Lucas encontrou uma morte violenta. A perícia identificou a presença de sangue tanto no tanque quanto no berço na residência da família no dia 18 de dezembro de 2023.

Peritos realizaram a análise na casa onde Pedro Lucas, sua mãe, padrasto e irmãos viviam, e encontraram sangue humano.

O suspeito, que atualmente está sob custódia temporária, teve seu mandado de prisão expedido por homicídio qualificado contra um menor de 14 anos e ocultação de cadáver.

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