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Juntos há 48 anos, casal morre vítima da Covid-19 no intervalo de 24H: “Um não viveria sem o outro”, diz filha

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Juntos há 48 anos, casal morre vítima da Covid-19 no intervalo de 24H: “Um não viveria sem o outro”, diz filha

Hoje em dia, quase não se vê casais com muito tempo de união, a maioria casa, separa e vive outra vida, assim por diante. Morcina Maria Barroso da Costa, de 68 anos, e José Barbosa da Costa, de 71, são exemplos de respeito, amor, companheirismo e união. União essa, que quase sempre não se desgrudava.

Contudo, nas últimas semanas, especificamente no dia 15 de janeiro, os dois foram internados no Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, com diagnóstico da Covid-19.

Posteriormente, no início da tarde de segunda-feira (25), Morcina não resistiu e morreu vítima da doença. Mais de 24 horas depois, na noite de terça (26), José Barbosa também faleceu em decorrência da Covid-19.

Casal composto por uma grande família, eram pais de três filhos, junto de oito netos e uma bisneta. Infelizmente, os bisavós não chegaram a conhecer a primeira bisneta, pois já haviam se internado no seu nascimento.

Sobretudo, uma das filhas do casal que é enfermeira, Janaína Negreiros, prestou sua homenagem aos pais e relatou que os dois não viveriam sem a companhia um do outro, mas deixou um exemplo aqui na Terra.

Juntos há 48 anos, casal morre vítima da Covid-19 no intervalo de 24H: “Um não viveria sem o outro”, diz filha

“Era uma coisa sobrenatural o amor, a união e fé deles. Perante todo mundo, inclusive os filhos, eram exemplo de um casal que vivia bem, que se amava, falava da fé e um sempre cuidando do outro. O tempo todo um estava preocupado com o outro, estiveram juntos em todos os momentos, na doença, na dor, na alegria e saúde. Vocês não os encontravam sozinhos, estavam o tempo todo juntos. Acho que isso fez com que eles não ficassem na terra separados”, contou Janaína.

Anteriormente, após serem diagnosticados com a Covid-19, o casal não tinha uma saúde de ferro, sendo assim, já de idade avançada. Morcina tinha hepatite B e Delta, era ex-fumante, obesa e hipertensa. Já o marido dela, também era hipertenso e obeso.

“Ela não estava entubada, estava consciente, mas estava com problemas respiratórios. Meu pai foi para a UTI também, logo depois de se internar, evoluiu para ser entubado primeiro que ela, teve falência renal e foi para a UTI por essa questão”, lamentou a filha.

Sobretudo, Janaína ainda relembra ser a última filha a ver os pais com vida, pouco antes da morte, logo após visitar a mãe, ao chegar em casa algumas horas depois o Hospital ligou para informar o falecimento de Morcina.

“A médica permitiu que eu visitasse eles um pouco antes da morte da minha mãe. Tive a oportunidade de ir no leito dela e dele e falar o quanto nós amávamos eles, o quanto ainda íamos amar independente de qualquer coisa. Pude ter esse momento de passar a mão no cabelo dela, de falar mesmo ela estando entubado. Foi um momento de despedida meu e dela. A médica já tinha me dito que, provavelmente, ela não resistiria”, explicou.

Ao fim, “O que deixaram para nós, três cidadãos de bem, três famílias bem estruturadas, construíram um patrimônio também. Tudo isso é o que vai ficar. O exemplo de matrimônio tive dentro da minha casa com meus pais. Deixaram só boas lembranças, mas sabemos que estão juntos, enterramos um ao lado do outro”, concluiu Janaína.

Fonte: G1

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